banner

blog

Jan 20, 2024

Eve seleciona parceiros e se prepara para construir o protótipo eVTOL

A Eve Air Mobility está agora selecionando fornecedores de "equipamentos principais" e durante o segundo semestre deste ano começará a montar o primeiro protótipo em escala real de sua aeronave eVTOL, de acordo com o co-CEO da Eve, Andre Stein. Falando a repórteres durante um briefing realizado pela controladora Embraer em Portugal em 26 de maio, ele disse que os recentes testes em solo de sistemas de propulsão e testes em túneis de vento também ajudaram a levar o programa adiante.

"Eve Air Mobility não é apenas sobre rotas, soluções ou infraestrutura", disse Stein, "é sobre a evolução da mobilidade como a chave para tornar a vida mais fluida e as cidades mais amigáveis. Este é o primeiro projeto a se formar na EmbraerX", ele acrescentou, referindo-se ao hub de inovação do fabricante de fuselagem.

Tendo submetido a base para a certificação de tipo à ANAC, reguladora de segurança da aviação brasileira, em março, a Eve planeja construir seu protótipo em escala real no segundo semestre de 2023, para estar pronta para iniciar uma campanha de testes de voo em 2024 que espera levar à certificação e entrada em serviço em 2026. A ANAC será a principal organização de certificação, disse Stein, e Eve buscará a validação do projeto pela FAA, esperançosamente simultaneamente como a Embraer fez com seu avião E2.

Enquanto isso, a maquete da cabine do Eve eVTOL está circulando pelos eventos, com sua primeira exibição este ano no show SXSW em Austin, Texas, em março. A primeira aparição de Eve depois de se tornar uma empresa de capital aberto acontece no Paris Airshow de 19 a 25 de junho, onde a maquete e uma simulação de realidade virtual de um voo eVTOL estarão em exibição no pavilhão Eve/Embraer.

A Embraer é acionista majoritária e está intimamente envolvida no desenvolvimento do veículo totalmente elétrico. A Eve, que agora emprega cerca de 300 pessoas, pode contar com o suporte de uma equipe de engenharia de 3.500 pessoas em sua empresa controladora. "Vemos isso como uma vantagem", disse Stein. "Podemos flexibilizar isso para cima e para baixo. Nem sempre precisamos do mesmo especialista ao mesmo tempo."

A Eve pretende obter uma fatia do que ela e seus muitos rivais projetam ser um enorme mercado para aeronaves de mobilidade aérea avançada (AAM), estimado em três quartos de trilhão de dólares até 2040. Até agora, a Eve assinou cartas de intenção para 2.770 veículos Eve de 26 possíveis operadoras que incluem companhias aéreas, empresas de tecnologia e locadoras, incluindo a brasileira FlyBIS. "Isso nos dá confiança de que existe um mercado real por trás disso", disse Stein.

O teste recente envolveu a medição do desempenho aerodinâmico e das propriedades sonoras das hélices em uma plataforma de teste, com o objetivo de maximizar a eficiência, diminuir a pegada sonora e reduzir os custos operacionais. A Eve também começou a testar rotores de elevação vertical em um banco de testes móvel montado em caminhão nas instalações da Embraer no Aeroporto Gavião Peixoto, no Brasil, para avaliar o desempenho do rotor durante a fase de transição do voo.

"Isso nos permite entender o perfil do som", disse ele. "Não se trata apenas de decibéis, é o perfil." Ele explicou que os engenheiros foram capazes de testar várias formas de hélice na plataforma e coletar dados visuais mostrando o perfil de som durante várias fases, incluindo a transição entre pairar e navegar. Este teste, juntamente com cálculos computacionais de dinâmica de fluidos, ajudará a Eve a refinar a fidelidade de seu simulador de voo e controles de voo fly-by-wire, de acordo com a empresa. "Temos feito testes de equipamento e voamos no simulador de engenharia por um tempo para desenvolver os controles fly-by-wire", disse ele. "Existem muitos testes e blocos de construção. Não voamos coisas apenas por fazer."

Ao contrário de alguns projetos eVTOL concorrentes, os engenheiros da Eve dizem que selecionaram um projeto mais simples de elevação e cruzeiro, onde oito unidades de propulsão orientadas verticalmente permitem decolagem e aterrissagem verticais, enquanto duas unidades montadas na parte traseira alimentam o veículo em vôo para a frente, auxiliado pelo elevação gerada pelas asas de Eva. Os rotores de elevação desligam para o vôo para a frente. Isso elimina a necessidade de um mecanismo de inclinação para as unidades de asa ou propulsão, o que aumenta o peso e a complexidade.

COMPARTILHAR